Os servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) promovem nesta segunda (6) e terça-feira (7) um ato público na rua Dr. Faivre, em frente à sede do Incra no Paraná, em Curitiba, para protestar contra a falta de uma nova proposta remunerativa já que a atual encontra-se defasada. O próprio secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, havia estipulado um prazo (dia 31 de julho) para apresentação de proposta aos servidores do MDA/Incra, não cumprido, o que acabou motivando o protesto em Curitiba.  Na semana passada, os servidores do MDA/Incra foram ao Ministério Público Federal para denunciar o processo de desmonte dos órgãos federais agrários no estado do Paraná.

Os servidores do MDA/Incra no Paraná estão em greve desde o dia 18 de junho. No país, das 30 superintendências regionais do Incra, 28 estão em greve. A principal reivindicação dos servidores é a equiparação salarial com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A remuneração dos trabalhadores do MDA/Incra são, por exemplo, duas vezes e meia inferior à do MAPA. Em todos os órgãos (Incra, MDA e MAPA), realizam-se funções similares e até 2008 tinham seus salários equiparados. A distorção se aprofundou nos governos do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma Rousseff.

Os servidores do MDA/Incra continuarão em greve por tempo indeterminado e deverão intensificar os protestos durante esta semana que antecede a próxima reunião com o Ministério do Planejamento, prevista para o próximo dia 14 de agosto, na qual uma proposta remunerativa nova deverá ser finalmente apresentada.

O deputado Zé Carlos do PT abordou, durante a Sessão Legislativa desta ontem, sobre a greve dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, que perdura há mais de um mês.

“O Incra é o braço direito do governo federal”, chegou a afirmar o parlamentar petista, ao conceder entrevista à mídia local. Durante a sua fala na tribuna, Zé Carlos traçou um histórico da criação do órgão, nos anos de 1980, e destacou o trabalho eficiente do governo Lula, inovando com metodologias no setor da reforma agrária.

Confira a íntegra da matéria no link: http://www.luiscardoso.com.br/politica/2012/08/deputado-ze-carlos-apoia-greve-dos-servidores-do-incra/

O deputado Zé Carlos do PT abordou, durante a Sessão Legislativa desta ontem, sobre a greve dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, que perdura há mais de um mês.

“O Incra é o braço direito do governo federal”, chegou a afirmar o parlamentar petista, ao conceder entrevista à mídia local. Durante a sua fala na tribuna, Zé Carlos traçou um histórico da criação do órgão, nos anos de 1980, e destacou o trabalho eficiente do governo Lula, inovando com metodologias no setor da reforma agrária.

Confira a íntegra da matéria no link: http://www.luiscardoso.com.br/politica/2012/08/deputado-ze-carlos-apoia-greve-dos-servidores-do-incra/

As reivindicações salariais e de reestruturação do Incra/MDA, serviram para aprofundar as discussões sobre a importância da gestão agrária no Brasil durante a greve unificada 2012. Na última semana, Frei Sérgio Görgen, e os advogados Jacques Alfonsin e Marcelo Cunha conversaram com os servidores sobre conformação social brasileira, reforma agrária e a situação do serviço público federal. As atividades contaram com a participação de grevistas e não grevistas demonstrando demanda generalizada sobre esses temas.

 Na sexta-feira (3/07), um almoço de confraternização teve a presença do dirigente nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Frei Antônio Sérgio Görgen. Durante o evento, o religioso declarou apoio à greve do Incra/MDA por considerá-la justa. Frei Sérgio lembrou que, embora muitas vezes seja burocrático, o trabalho dos servidores públicos ajuda a resolver problemas crônicos da sociedade, como fome e falta de moradia, e precisa ser valorizado.

No dia anterior (2/08), o movimento paredista recebeu o advogado Jacques Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul com atuação em causas envolvendo movimentos sociais, que refletiu sobre legislação e a estrutura social brasileira. Incorporando humor às críticas, o advogado defendeu que a propriedade da terra só é legítima na medida em que satisfaz o bem coletivo e condenou a defesa indiscriminada da propriedade privada. “O privatismo envolve de tal forma a cultura ideológica do poder público que não deixa ver os direitos humanos fundamentais”, afirmou o jurista.

Para o advogado, o orçamento público reflete as prioridades do Estado, quando este Estado é omisso em satisfazer as necessidades da população, o povo toma para si a responsabilidade de defender seus interesses. Nesse sentido, a greve Incra/MDA é uma resposta à falta de investimento em reforma agrária com reflexos na desvalorização dos profissionais do setor.

Já na quarta-feira (31/07), o também advogado Marcelo Garcia da Cunha, que atua no escritório contratado pelo Sindicato dos Servidores Federais/RS (Sindiserf), falou sobre assédio moral, direitos fundamentais e desvios de função no serviço público.