Pela terceira vez neste mês de maio de 2012 os servidores do Incra do Amapá resolveram fechar as portas e os portões do órgão no estado. Sem aceno positivo do Governo Federal quanto às reivindicações dos servidores do órgão, a categoria não tem outra alternativa que não o movimento de greve.
Como nas paralisações anteriores, o servidor João Ayres da Silva emprestou seus dotes culinários e fez a quase tradicional feijoada da greve. Apesar de saborosa, a feijoada é simbólica, pois representa a mesmice com que o governo vem tratando os servidores da reforma agrária.
É sempre o mesmo “feijão-com-arroz”, a mesma “enrolação”. O Incra continua deficiente de recursos humanos. Servidores desvalorizados e desmotivados. Impassibilidade às peculiaridades dos que trabalham em zona de fronteira. Indiferença quanto a recompensar a educação continuada dos trabalhadores, que se graduaram e pós-graduaram desde que entraram no órgão.
O plano de carreira dos servidores do Incra não condiz com a prioridade que o governo propaga. “As atividades inerentes da autarquia joga um importante papel na erradicação da miséria no Brasil, e os trabalhadores desta instituição são os soldados nessa batalha. Merecem melhor destino. Passou da hora da nossa carreira ser sempre a mesma feijoada, que diferente da servida pelo Ayres, já está estragada e nos faz mal”, afirma Geovane Grangeiro, secretário de Juventude do SINDSEP/AP e da CUT Amapá.
Fonte: Cnasi Regional Norte