Em meio as críticas após mais um pífio resultado na incorporação de novas áreas de reforma agrária pelo governo Dilma – em dois anos, foram 86 desapropriações de terras, desempenho que supera apenas o período Collor – o Incra sinaliza mudanças da política agrária na tentativa de melhorar a atuação do órgão.
Reportagem do Brasil de Fato já havia detalhado a reorientação do governo Dilma no setor, que inclui a descentralização das ações de construção de moradias e de infraestrutura básica dos assentamentos para outros ministérios. O presidente da autarquia, Carlos Guedes, afirma que a meta é recuperar o prestígio do Incra, desfazendo principalmente a fama de má gestão.
Para o professor Sergio Sauer, do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural da Universidade de Brasília (UnB) e relator do Direito Humano a Terra, Território e Alimentação (Plataforma DhESCA Brasil), “não há novidade” na proposta de mudar o Incra. “Sempre que se têm resultados ruins, se fala em mudança”, aponta. A questão não é quem vai fazer, mas se será feito, avalia o professor.
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Fonte: Brasil de Fato / Pedro Ferreira