Os servidores do Incra na Bahia deliberaram em assembleia, por unanimidade, pela rejeição da proposta de reajuste do governo federal apresentada pelo MGI. Ainda foi decidido o indicativo de greve.
O ato ocorreu na quarta-feira (8/5/2024), no auditório do Incra na Bahia, nas presenças de coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal da Bahia (Sintsef/BA). Ao todo, estiveram na assembleia 54 servidores. Também participaram remotamente, servidores da Unidade Avançada do Sul e Extremo Sul da Bahia.
Os presentes manifestaram a sua indignação diante à proposta de reajuste de 12,8%, com impactos para janeiro de 2025 e maio de 2026. “Merecemos respeito. A proposta chega até ser ofensiva. Demonstra a falta de conhecimento do próprio governo sobre as responsabilidades do Incra”, ressaltou a servidora, Maria Aparecida Santiago da Silva.
Ainda foi aprovada a sugestão do vice-presidente da Assincra/BA, Miguel Neto, para a realização pontual de um dia de paralisação, em que o portão do prédio seja fechado, sem aviso prévio. Essa atividade de mobilização também foi aprovada pela assembleia. “Essa é uma iniciativa que deveria ser realizada em todo o país”, destacou.
ATO NACIONAL
Na “SEGUNDA-FEIRA DE LUTA”, os servidores da Bahia se reuniram, no auditório da Superintendência Regional em Salvador, em 6 de maio de 2024, para iniciar a análise da proposta do MGI. A proposta foi considerada desrespeitosa, considerando a abrangência de atuação da instituição e as responsabilidades dos servidores.
Durante o encontro, foi deliberada a convocação dos servidores ativos, aposentados e pensionistas para a quarta-feira (8/5), às 14h, com a finalidade de votar oficialmente a contraproposta.
O vice-presidente da Assincra/BA, Miguel Neto, considerou a contraproposta ridícula. “Pedimos uma reestruturação e o MGI ofereceu um aumento 12,8 porcento, que não reestabelece as perdas acumuladas ao longo dos últimos anos”, acrescenta.
DEFASAGEM
Presente da reunião, o aposentado Humberto Chagas, 82 anos, deu seu depoimento que comprova o descaso do governo federal com os servidores do Incra.
Humberto é contador e respondeu pela contabilidade do Incra por muitos anos. A aposentadoria que recebe atualmente é menor que o seu salário há 12 anos.
Segundo ele, em 2012 o salário bruto era de R$ 8 mil e o líquido, R$ 7 mil. “Recebo atualmente R$ 13 mil bruto e o líquido é 6,2 mil, descontados apenas a Geap, o Imposto de Renda e a contribuição à previdência”, conta.
Fonte: Assincra/BA