Os servidores do Incra em Rondônia aderiram, a partir desta segunda-feira (3/5), à greve deflagrada pela sede do órgão, em Brasília, desde o dia 29 de abril. As principais reivindicações são: Isonomia e reestruturação do plano de carreira dos servidores, reabertura das negociações junto ao Ministério do Planejamento e fortalecimento da instituição.
O comando de greve explicou que a tabela salarial do órgão é uma das menores do serviço público federal, além de não ter a atenção do Ministério do Planejamento para a reformulação do plano de carreira dos servidores. "Dia após dia vemos a instituição sendo enfraquecida de diversas formas: já perdemos cerca de 30% dos servidores que entraram nos últimos concursos porque encontraram melhores condições de trabalho e valorização da carreira em outros órgãos; vários estão se aposentando e dezenas de outros foram cedidos para o programa Terra Legal", explicou a presidente da Associação dos Servidores do Incra em Rondônia (Assincra/RO), Socorro Valério, preocupada com a ausência de valorização da carreira e recomposição da força de trabalho.
Segundo ela, essa política de enfraquecimento da carreira na área agrária tem reflexos em toda a sociedade, já que o órgão tem importante função na agricultura familiar e ordenamento fundiário do país.
A dinâmica da greve foi discutida com o superintendente do Incra/RO, Carlino Lima, e demais chefes de divisões, "para que o movimento ocorra de uma forma muito civilizada e tenha o êxito necessário", explicou o integrante do comando de greve, Dermeval Silva.
Valverde
O deputado federal Eduardo Valverde (PT/RO) participou do café da manhã de abertura da greve e manifestou seu apoio aos servidores. "É fundamental nesse momento unificar o movimento com o Ibama, ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro (SFB)", ressaltou.
O deputado participará das reuniões agendadas com o Ministério do Planejamento nessa semana e afirmou que retorna na quinta-feira para falar aos servidores sobre o andamento das negociações.