O Diário Oficial da União (DOU) veiculou nesta quarta-feira (18/3) a exoneração de Carlos Guedes e nomeação de Maria Lúcia de Oliveira Falcón como a nova presidente do Incra. Maria Lúcia de Oliveira Falcón é formada em Agronomia pela Universidade federal da Bahia com mestrado em Economia pela mesma instituição e doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB). A nova presidente foi secretária de Planejamento de Aracaju (SE) e integrou o Conselho Fiscal da Petrobras. Ela é professora da Universidade Federal de Sergipe.
A mudança ocorre em mais um momento de crise – crise política, econômica, ambiental, energética, de água que embora com forte influência da crise econômica e geopolítica internacional expõe nossa vulnerabilidade pela falta de 
gestão e das reformas estruturais, sobretudo a reforma agrária, por conseguinte aumento do êxodo rural e concentração fundiária e seus decorrentes reflexos na distribuição de renda e da equidade do poder em nosso país.
Diante de tantos problemas, as entidades representativas, como a Cnasi, apresentaram as reivindicações da categoria, delimitando-as em três pilares, que são: 1 – promoção das políticas de Reforma Agrária, Regularização Fundiária, Cadastro Rural e Agricultura Familiar; 2 – fortalecimento dos órgãos federais que executa essas políticas (Incra e MDA); 3 – valorização dos servidores. Para a promoção das políticas citadas no "item um" é necessário vontade política do governo central, com destaque para a Presidência de República, autorizando/determinando aos gestores do Incra e MDA atuarem efetivamente em seus desenvolvimentos. Para o segundo item, o fortalecimento dos órgãos executores dessas políticas se dá necessariamente por reestruturação geral e ampliação volumosa de orçamento. No terceiro quesito, defende-se melhoria das condições de trabalho, concurso para novos servidores no Incra e MDA, concurso de remoção, ampliação de benefícios (refeição, transporte, saúde, creche, etc) e melhorias dos padrões remunerativos, equiparando-os à tabela do Ibama, com melhorias e adequações à realidade do Incra e MDA - como foi definido pelos trabalhadores e consolidado durante evento em Brasília, com participação de representantes de vários estados.
Reestruturação do Incra
Em diversos momentos da história do Incra houve tentativas de mudar a estrutura do Instituto, algumas para melhor atender o público do órgão, enquanto que outras para afastá-lo de sua missão.
Por entendermos que somente as pessoas é que operam mudanças, fazem a história, fazem as coisas acontecerem, tal entendimento se amplia quando na condição de servidores públicos a serviço do estado Brasileiro, ainda mais quando operam, regulam e fazem a gestão sobre um dos itens mais estratégicos sagrados para qualquer nação, seu território, até mesmo para obter e manter esse título soberanamente.
Por isso, o fortalecimento do Estado e valorização do Incra, do MDA e de seus servidores são além de interdependentes e intrínsecas, urgentes.
Com esse entendimento é que a Cnasi buscará reunir-se conjuntamente com a nova presidente e com o ministro, com a maior brevidade possível.
Fonte: Cnasi