SERVIDORES DA SEDE E VINTE E CINCO SUPERINTENDÊNCIAS DO INCRA JÁ DECIDIRAM ADERIR À GREVE

mapa_greve_27_06_fimApenas os servidores das superintendências regionais (SRs) do Incra no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Alagoas e Roraima ainda não aderiram ao movimento grevista no Incra. Assim, já são 25 superintendências regionais da autarquia que decidiram participar da greve, de um total de 30 SRs. A Sede, em Brasília, e vinte SRs estão oficialmente em greve, sendo que cinco (Amazonas, Acre, Pernambuco/Recife, Médio São Francisco/Petrolina e São Paulo) vão entrar nos próximos dias – após cumprirem o prazo determinado pela legislação.

   

Esse é o balanço atualizado da quarta-feira (27/06). Já terça-feira, foram realizados em todo o Brasil atos para marcar a entrada oficial de servidores da base da Cnasi de 10 superintendências regionais do Incra e dos peritos federais agrários da IMG_5471_2base da Assinagro. Os servidores da base da AsseMDA já estão em greve desde o dia 18 de junho de 2012. 

 

Portanto, estão oficialmente em greve, por tempo indeterminado, servidores da base da Cnasi nas superintendências regionais do Incra, no Norte, os estados do Amapá, Pará (Belém), Sul do Pará (Marabá), Oeste do Pará (Santarém), Rondônia  e Tocantins. No Centro-Oeste, estão em greve a Sede do Incra, em Brasília, e as superintendências regionais da autarquia no Distrito Federal e Entorno (também em Brasília), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. No Nordeste, estão em greve as SRs da autarquia no Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia, além da Unidade Avançada do Incra em Imperatriz, no Maranhão. No Sudeste, estão em greve os servidores lotados em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. No Sul, os servidores do

IMG_5482_2 Incra no Paraná estão em greve por tempo indeterminado. Amazonas, Acre, Pernambuco/Recife, Médio São Francisco/Petrolina e São Paulo entram oficialmente em greve nos próximos dias.

 

Ato nacional

 

Embora tenha tido rebatimento em todo o Brasil, em Brasília o ato nacional ganhou grande densidade, pela participação de lideranças de movimentos IMG_5478_2sociais, entidades representativas de servidores e centrais sindicais – além das direções nacionais da Cnasi, Assinagro e AsseMDA.

 

Por volta das 10 horas, teve início o ato no térreo do prédio que sedia o Incra, em Brasília, quando houve falas do representante da CUT, Pedro Armengol, de Vinicius Freitas (Sinpaf-Hortaliças), bem como de representantes da Andes e CSP–Conlutas. Ao final do evento, Armengol fez palestra sobre a atuação das entidades sindicais na defesa dos servidores que buscam atendimento de suas reivindicações.IMG_5492_2 O direito de greve, garantido na constituição, foi um dos temas que mais atraíram a atenção dos participantes, bem como a inconstitucionalidade do Decreto 1.480/95, que o governo ameaça usar contra os servidores.

 

Reunião com presidente do Incra

 

Integrantes dos comandos nacional e local (Brasília) de greve, bem como as direções da Cnasi e Assinagro, estiveram reunidos, nesta segunda-feira (25/06), com o presidente do Incra, Celso Lacerda, para tratar dos seguintes pontos de pauta: negociação salarial com o governo; greve dos servidores do Incra; reestruturação do Incra; fortalecimento da Fassincra.

 

Lacerda afirmou que a direção do Incra foi oficialmente informada da greve no dia 22 de junho de 2012 e está analisando a documentação enviada pela Cnasi, com pauta de reivindicações. O presidente citou ainda o inconstitucional Decreto 1.480/95, mas afirmou que a direção do Incra respeita o direito de greve e que vai procurar as representações dos servidores assim que concluir a análise das reivindicações, a fim de discuti-las.

 

Sobre reestruturação do Incra, Lacerda afirmou que na próxima semana deve levar ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) uma proposta básica para melhorias na autarquia. Questionado sobre se a proposta contemplaria as questões remunerativa e de recomposição de quadros (concurso público), Lacerda afirmou que ainda não tenha tido acesso à versão final do documento, pois esteve viajando para participar da Rio + 20. A palavra foi, então, passada ao diretor de Gestão Estratégica, Ivan Jairo Junckes, que foi categórico: a proposta não contempla remuneração nem concurso, mas nestes quesitos apenas mais cerca de 500 pontos de DAS. A surpresa foi geral. Os representantes dos servidores argumentaram que não haveria sentido em se construir uma proposta que apenas realocaria pessoal e recursos já existentes.

 

Diante das insistências, ficou acertado que ainda esta semana a proposta seria apresentada às representações de servidores e que será adicionado ao documento a equiparação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nos três níveis (superior, intermediário e auxiliar), bem como a definição de concurso público para recompor o quadro de profissionais da autarquia.

 

Os servidores foram ainda informados que o concurso que o Incra realizou em 2010 foi prorrogado até o final deste ano de 2012. Sobre a Fassincra, a direção do Incra ficou de analisar novamente a solicitação de complementação financeira feita pela diretoria executiva da Fundação. Os servidores solicitaram ainda empenho da direção do Incra junto ao “centro de governo” para aumentar o valor do per capita, a fim de ampliar a injeção de recursos na Fassincra. (Material atualizado às 17h50min, de 27.06.2012)

 

Fonte: Ascom Cnasi