Realizada nos dias 14 e 15 de abril em Brasília (DF), a Plenária Nacional do Fórum pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) reuniu representantes de diversas entidades nacionais do campo e da cidade, como: a Cáritas Brasileira, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos da Via Campesina como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Federação Nacional dos trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF/Brasil–CUT), Movimento de Libertação dos sem terra (MLST).
O objetivo do encontro foi realizar um balanço político das ações do FNRA nos últimos anos, além de analisar a atual conjuntura para traçar as próximas estratégias de ação para o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo.
Com a confirmação a partir da análise realizada pelo professor da Universidade de Brasília (UNB) e especialista em realidade agrária e agrícola no Brasil, Sérgio Sauer, de que é necessário que as entidades façam uma nova interpretação da realidade fundiária no país para compreender de forma mais clara quais são as reais forças políticas, os movimentos, entidades e organizações participantes da plenária reafirmaram o FNRA como um importante espaço de luta e de mobilização social.
Exemplo disso foi o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra, realizado em setembro de 2010, em que mais de meio milhão de brasileiros e brasileiras foram mobilizados a votar a favor ou contra para que estabeleça um limite para as grandes propriedades rurais no Brasil. No ato, mais de 90% dos participantes disseram sim ao limite de propriedade.
E como um dos encaminhamentos para as linhas de ação do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo para 2011 foi a retomada da bandeira de luta pelo limite da propriedade de terra, assim como o da atualização dos índices de produtividade, do Código Florestal e da campanha nacional contra o uso de agrotóxicos.
Além disso, realizar amplos debates com a sociedade para afirmar o importante papel da reforma agrária para a construção de um Brasil mais justo e igualitário também foram traçados como metas para este ano.
Ao final da plenária ficou estabelecida ainda a realização de um seminário cujo tema será “A atualidade da questão agrária no Brasil”, previsto para ocorrer no segundo semestre.
O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo é composto por 54 entidades do campo e da cidade, entre as quais a Cnasi.
Fonte: Ascom FNRA